Bem vindos!

Olá, pessoal. Obrigado pela visita ao meu blog. Eu, Eduardo Rocha, sou designer gráfico e publicitário, formado em Design Gráfico pela UEMG. Resido em Belo Horizonte, MG, e sou diretor de arte na Nicoli Comunicação. Espero que gostem do meu trabalho, e façam, se quiser, suas críticas. Abraços a todos.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Folhetos para Vista Hotéis

A Vista Hotéis e Resorts é uma administradora que gerencia diversos hotéis em MG e GO. Entre as diversas categorias de hotéis da rede, destacam-se os hotéis de charme, caracterizados por serem hotéis que se diferenciam tanto no aspecto físico como nos serviços prestados. A esta categoria pertencem os hotéis Ville Real, em Ouro Preto, e Garden Hill, em São João del Rei.

Diversas promoções são anunciadas perto de datas comemorativas. Os folhetos abaixo foram criados para anunciar os pacotes promocionais de ano novo. A cor predominante é o azul da marca Vista Hotéis.




Opinião - a mudança da mídia pelo viés cultural e social

Recentemente, em sala de aula, nosso professor de Mídia, Cultura e Sociedade pediu para que levássemos um tema para discussão em sala, referente a qualquer assunto abordado durante as aulas da disciplina.

Refletindo sobre os assuntos estudados e mesmo fora dos mesmos, levantei a seguinte questão: de que a mudança da mídia só pode ocorrer mediante a profunda transformação cultural e social da sociedade. Ou seja, de nada adianta reclamarmos ou criticarmos os conteúdos presentes nos veículos, uma vez que tais conteúdos são reflexo da cultura vigente e do gosto do público. Ou alguém ainda pensa que a grande mídia é um grande escravizador que domina sobre os "pobres" cidadãos, escravizados pelo seu poder? Essa discussão já não cabe mais aqui.

A mídia é produto da sociedade em que está inserida, e o conteúdo desta é reflexo da cultura vigente nessa sociedade. Costuma-se culpá-la pelos males sociais, demonizando-a. É corrente afirmar-se, por exemplo, que a televisão influencia negativamente o comportamento dos indivíduos e a sociedade por causa do seu conteúdo de má qualidade. No entanto, essa é um visão tipicamente frankfurtiana da TV e dos mass media, de uma forma geral. E é uma visão que, em muitos aspectos, já não funciona mais. Claro que a mídia pode exercer, sim, um papel negativo sobre certos indivíduos e comunidades, mas nem sempre da forma apregoada pelo modelo proposto pela Escola de Frankfurt.

É interessante notar que os próprios indivíduos que reclamam do conteúdo televisivo são, em sua maioria, justamente os que lhe dão audiência. Isso demonstra que o conteúdo veiculado corresponde, sim, ao gosto desse mesmo público que reclama dos conteúdos e ao mesmo tempo liga a TV, lê assiduamente o jornal popular e não deixa de escutar a rádio sensacionalista. Se esse público estivesse em tão desacordo com a programação a opção seria simplesmente não assistir.

Logo, diferentemente da idéia de que a TV exerce uma imposição autoritária sobre o consumidor, que permanece passivo e subserviente à mesma, é mais plausível sugerirmos que ocorre é uma negociação de conteúdo do espectador com o veículo. Ou seja, o espectador fornece indícios daquilo que mais aprecia (via audiência) e o veículo de comunicação dá o que ele quer.

Analisando por esse prisma, vemos que o problema não cabe simplesmente ao conteúdo da mídia. É, sim, um problema cultural. Pois se a sociedade vê como entretenimento esse tipo de conteúdo, é de se esperar que a mídia veicule justamente isso.

Portanto, para resolver esse tipo de problema – que a autora Maria Rita Kehl chama de “encantamento” – é necessário algo mais do que simplesmente mudar o conteúdo da mídia. O que deve mudar, sim, é o conteúdo educacional e cultural da sociedade. Não basta mudar só a mídia porque o problema não é só da mídia.

E como fazer isso? É possível? Sim, acredito ser possível. Iniciativas como a do neurocientista Miguel Nicolelis em Natal, com uma escola de ciências para crianças e adolescentes, ajudam os seus alunos, através do estudo da ciência, a desenvolver desde cedo o pensamento científico. Vale a pena assistir a entrevista dada pelo Dr. Nicolelis ao Canal Livre, da Rede Band, no dia 22 de maio (está disponível no site). É incrível o que essas crianças desenvolvem desde cedo, e é encorajador quando vemos os resultados: o índice de evasão é praticamente nulo. Ou seja, as crianças e adolescentes estão ali porque amam o que fazem. E não se trata de um projeto de  custo elevado, pelo contrário; o mesmo redunda em bons frutos acadêmicos. É um verdadeiro despertar. E isso me faz acreditar que, com um grande e persistente trabalho visando assegurar uma boa educação em todos os níveis no nosso país, haverá, sim, condições de melhorarmos não apenas a nossa mídia, mas ainda toda a nação.