A transposição da identidade Hamper do country para o levando-a a ser identificada com um cenário urbano e contemporâneo. A pós-modernidade, o caos urbano, a irreverência, a descontração etc. foram elementos que contribuíram para a criação do conceito final, definido como "Hipermodernidade e efervescência". A ideia era traduzir nas peças características dos dias atuais: velocidade das mudanças, efervescência e transformações urbanas, caos urbano, descontrole, desarranjo, questionamentos, relativização e aceitação de novos valores, customização, pós-modernidade. O termo "hipermodernidade" foi tomado emprestado da obra do filósofo francês Gilles Lipovetsky, que na época apregoava que a pós-modernidade já passara, e que estaríamos vivendo a era hipermoderna, onde tudo se tornara "hiper". Isso nos deu o norte para a elaboração de um conceito que descrevesse uma marca ágil, dinâmica, contemporânea, assimétrica.
O resultado foi uma assinatura que ilustrava um "H" em itálico, cujo movimento, apontando para cima, mostra ao mesmo tempo uma "instabilidade controlada", caracterizada pelo vermelho forte e pulsante em uma forma que avança, adiante e para o alto. Junto ao mesmo está um semiarco que representa a esfera que circunda, abarca e inclui os movimentos sociais do nosso tempo. As duas barras no horizonte, que são dois edifícios estilizados, representam a metrópole, que é o ambiente em que ocorre a maioria das transformações sociais. Isso sem falar que, no cenário contemporâneo, é a cidade que se tornou o habitat do jeans, um item que, apesar da sua raíz country, rapidamente incorporou-se ao cenário das grandes metrópoles.
Abiaxo, estão duas versões horizontais da assinatura.
Cartão de visitas
Flyer
Sacola
Tag com mensagem conscientizadora
Tags simples
Mas as principais peças que levariam o novo conceito ao consumidor final seriam os pôsters, cartazes e outdoors, onde estaria estampado o comportamento despojado, irreverente e descontraído da marca Hamper.
Obs.: peço-lhes desculpas pela qualidade das imagens, mas é que perdi os backups e só me restaram as impressões em laser.
As composições são assimétricas, instáveis, procurando refletir a própria instabilidade dos dias atuais. Um layout "sujo" reflete o cenário urbano caótico, decadente e repleto de misturas, que é o habitat do consumidor Hamper.
Outro tema que seria ocasionalmente explorado nas peças era o da contestação de valores tradicionais e a afirmação de novos valores, como a convivência com as minorias e a tolerância racial.
Além disso, várias peças teriam características futuristas, numa clara referência a um futuro incerto mas já presente.
Os outdoors trabalham também os mesmos conceitos da marca. Com pouco texto, ilustrando muito mais um comportamento do que os mesmos apontavam para os novos conceitos que compõem a marca Hamper.
Como eu havia dito no post anterior, é um delicioso desafio trabalhar com moda.
Se quiser dar uma olhada no meu portfólio completo, baixe o PDF aqui:
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